sábado, 18 de abril de 2009

Casamento também é um estado de espírito

Tô chegando a conclusão que casamento tb é um estado de espírito porque tem dias que é assim que me sinto. Eu fico toda eufórica, pensando em mil coisas não só pro dia "D", mas pra minha futura casa, meus filhotes, meu dia-a-dia e não tenho nenhum problema em me projetar no futuro. Ultimamente ando assim, imaginando coisas. E é tão bom!! Não sei se uma coisa puxa a outra, se o fato de estarmos organizando a cerimônia, festa e lua-de-mel me fazem imediatamente pensar no nosso futuro juntos ou vice-versa.

Esse momento não era pra ser vivido nem ontem, nem amanhã, mas hoje. É quando nos sentimos realmente preparados, nos sentimos completos. Não era pra ser em outubro de 2005 quando fizemos o casamento civil dois meses depois do noivado, era pra ser AGORA. O sentimento é outro, é mais maduro, é mais realista também.

Vida a dois não é fácil, nunca foi, são dois caráteres diferentes vivendo sob o mesmo teto, duas individualidades que se encaram todos os dias, sem exceções; que dividem momentos, contas, sonhos, opiniões e uma enxurada de coisa. Uma decisão assim tem que ser pesada, medida.

Não acredito em casamentos relâmpagos. Vc te que conhecer o cara, como disse a minha sogra quando anunciamos que estávamos namorando: tem que conhecer as mazelas um do outro. E é verdade. Já nos conhecíamos há um bom tempo, muita água já havia rolado.

Tem que haver um sentimento de que a vida é muito mais colorida, que vale muito mais a pena, que é mais fácil e mais prazerosa com a pessoa ao lado. Tem que acreditar no "pra sempre", mesmo que não dure. Não é uma escolha fácil como quem muda de roupa porque é assim que vejo o casamento das celebridades: hoje fulano não está mais na moda... próximo, por favor!

É saber que nem tudo é um mar de rosas, é reconhecer os defeitos, é nadar numa maré de problemas e saber que nenhum dos dois abandona o barco, que acreditam que podem sim chegar ao outro lado.

Nenhuma decisão minha é baseada em 100% de certeza... eu sou realista e tento me aceitar também como um indivíduo de dúvidas. Duvidar também representa se questionar, todo o tempo. Aprender a se questionar é aprender a se conhecer, a se escutar também; e eu me escuto - ou pelo menos tento - e escolho, sempre acreditando na minha escolha, mas nunca deixando de pensar no outro lado da moeda.

Uma escolha implica deixar algo de lado, o não escolhido. Eu não fico sonhando com o que não tenho, com o que deixei de escolher ou com o que não sou. Eu sonho com as minhas possibilidades concretas e tomo minhas decisões a partir delas. Eu acredito na gente, aliás, sempre acreditei, sempre soube que o Xande era o meu "the one" - o cara. Desde que aprendemos a nos conhecer realmente, quando a coisa finalmente "pegou" depois de tantos anos de amizade, eu soube que era ali que a minha fila parava de andar. Por acreditar nesse conjunto e sentir que essa é sim a boa escolha a se fazer, eu me invisto hoje a 100% nessa relação. As dúvidas sempre existirão, os "e se" fazem parte de qualquer escolha; sou sim um ser de dúvidas, mas meu coração me diz que ele é o meu grande amor. Quando imagino o meu futuro, é com que ele que eu estou.


Um comentário:

Chef Solares disse...

Muita gente gosta de lembrar das qualidades de quem ama. Eu gosto de lembrar dos defeitos. Amar qualidade é muito fácil, mas quando a gente se pega amando os defeitos de alguém, "c'est fini les doutes"!!! Nós (eu e Mi) vivemos isso e tenho certeza que vcs tb. Somos privilegiados!!! :)))