Sério, não estava mais acostumada a sair de casa todos os dias à noite e tenho que admitir que sinto uma pontinha de saudade da calmaria.
A vida aqui é muito mais acelerada. Comparando os dois países, eu diria que não é apenas o fato de francês trabalhar menos que brasileiro que evidencia a diferença entre eles, afinal, a jornada semanal lá é de 35 horas, mas o constato de que a galera aqui parece dar o maior valor a um certo ritmo frenético de vida; unem-se as 44 horas laborais semanais os "n's" encontros de família, amigos e galerinhas do trabalho sem problemas. Tudo é motivo de festa MESMO! Não venho aqui reclamar, pelo contrário, estava morrendo de saudade desse contato, desse calor humano, mas constatar que não estava mais acostumada ao ritmo do Brasil.
Sem falar naquela bebidinha que faz as vezes de "água" neste calor: a loura gelada. O lema é "o tempo todo e todo o tempo". Não que lá eu não bebesse, a diferença está na freqüência da ação. Sei que estou mais intolerante aos copinhos de fim de noite, bebo menos, mas me divirto o mesmo tanto. Engraçado isso. Chato mesmo é a pressão da galerinha. O povo não aceita que você tenha mudado, que o limite não é o final do engradado de cerveja ou que não precisamos beber SEMPRE até a última cerveja acabar pra poder ir embora. "Não é a Aline que eu conheci". Não, não sou mesmo, o que não quer dizer que eu não queira vez ou outra "chutar o pau da barraca" e encher a cara, longe disso, mas a freqüência com que isto ocorre e ocorrerá não é e nem será mais a mesma. Próximo "enchimento de lata" na medida: casamento!